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No post de hoje, contamos a história dos Centros Sociais Escolápios no Brasil e também da Escola Paroquial São Vicente de Paulo.

Centros Sociais Itaka-Escolápios

A Itaka-Escolápios é uma rede internacional de Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), criada e apoiada pela Ordem das Escolas Pias e pela Fraternidade Escolápia. É uma rede consolidada, com raízes locais e integrada à vida e missão das Demarcações e Fraternidades Escolápias. Promove a Comunidade Cristã Escolápia e sua missão evangelizadora, educativa e social, atualizando os passos de São José de Calasanz.

Criada em 1985, em Bilbao, na Espanha, a rede se expandiu e hoje está presente em diversas partes do mundo. No Brasil, os centros sociais Itaka-Escolápios atuam em quatro cidades: Belo Horizonte (MG), Governador Valadares (MG), Serra (ES) e Aracaju (SE).

Centro Social Itaka-Escolápios – Belo Horizonte (MG)

A Obra Social Itaka-Escolápios de Belo Horizonte atende cerca de 268 pessoas, incluindo crianças, adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade social.
A missão é oferecer um espaço de acolhimento, valorização e transformação, por meio de oficinas, projetos e atividades que promovem arte, cidadania, cultura e educação.

As principais atividades incluem:

  • Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

  • Projeto de dança “Expressão Urbana”

  • Oficinas culturais e esportivas

  • Oficinas de valores humanos, artesanato, mundo do trabalho, inglês e informática

Essas iniciativas têm como objetivo incentivar sonhos e transformar vidas.

Itaka BH

Centro Social Itaka-Escolápios – Governador Valadares (MG)

A unidade de Governador Valadares atende aproximadamente 155 pessoas. Seu trabalho é reconhecido dentro da Política de Assistência Social e da Criança e do Adolescente.

A missão é guiada por diretrizes da Rede Itaka-Escolápios, o que garante uniformidade e identidade institucional. As ações incluem:

  • Oficinas culturais, esportivas e de arte e cidadania

  • Casa Lar

  • Apadrinhamento Afetivo

  • Participação na Campanha de Solidariedade da Rede

  • Projetos voltados à inserção no mundo do trabalho

  • Projeto de reforço escolar

  • Voluntariado com a Juventude Escolápia

Itaka Governador Valadares

Centro Social Itaka-Escolápios – Aracaju (SE)

A unidade de Aracaju atende cerca de 151 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, por meio do Projeto Transformando Vidas, voltado a pessoas entre 5 e 17 anos.

Entre os projetos, estão:

  • Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

  • Oficinas culturais, esportivas e de arte e cidadania

Atualmente, o centro não possui parcerias público-privadas, sendo mantido graças a doações e eventos institucionais para captação de recursos.

Itaka Aracaju

 

Centro Social Itaka-Escolápios – Serra (ES)

A unidade de Serra atende aproximadamente 501 crianças e adolescentes. As atividades incluem:

  • Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

  • Oficinas culturais, esportivas e de arte e cidadania

  • Para adolescentes a partir dos 14 anos: Projeto Despertar e Programa Aprendiz Calasanz

  • Projeto Família, que promove o vínculo entre beneficiários e familiares, com foco em acompanhamento e formação

O centro conta com três unidades, localizadas no bairro Vila Nova de Colares.

Itaka Serra

Escola Paroquial São Vicente de Paulo – Araguaína (TO)

O projeto da Escola Paroquial SVP nasceu em 1993, a partir da visita da então Secretária de Educação do Estado do Tocantins, Josefa dos Santos Silva. A inauguração oficial ocorreu em 24 de abril de 1994, com 66 alunos matriculados da 1ª à 4ª série. Curiosamente, a escola foi fundada cinco anos antes da criação da própria paróquia SVP.

A Igreja, diante do grande número de crianças sem acesso à educação, sonhou com o projeto. Dona Tânia Maria do Nascimento, atuante na comunidade, foi peça-chave: começou voluntariamente angariando recursos, depois tornou-se vice-diretora e, posteriormente, diretora, função que exerceu por mais de 20 anos. Foi sucedida pela Irmã Nilma (2021) e pelo Pe. José Carlos (2022).

A escola firmou convênios importantes com a Prefeitura Municipal, especialmente nas gestões dos prefeitos Joaquim Quinta e Valderez Castelo Branco, que viabilizaram a ampliação de salas e o custeio de servidores.

Hoje, a escola conta com:

  • 26 turmas: 4 de Educação Infantil, 2 de Atendimento Educacional Especializado (AEE), e 20 de Ensino Fundamental (1º ao 5º ano)

  • Infraestrutura: 14 salas de aula, 10 banheiros, cozinha, coordenação, direção, administração, secretaria e sala dos professores

  • Mais de 650 alunos atendidos

  • Mais de 60 servidores em atividade

Além disso, a Escola desenvolve um trabalho socioeducativo complementar com crianças, adolescentes, jovens e suas famílias no contraturno escolar.

Esse trabalho é realizado por meio de uma ONG com CNPJ próprio, que permite estabelecer parcerias com o poder público e a iniciativa privada, oferecendo cursos, encontros, formações e palestras nas áreas artística, cultural e religiosa.

A escola é gerenciada pelo Pe. José Carlos, Sch.P.

 

Escola Paroquial São Vicente de Paulo

 

Fonte: Site Escolápios Brasil

Rede Itaka-Escolápios Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Foto: Paróquia Escolápia Nossa Senhora das Graças, Governador Valadares (MG)

 

No espírito do Mês Calasâncio, trazemos hoje um olhar especial para a trajetória das paróquias escolápias no Brasil. Cada uma delas carrega consigo uma história única, marcada pela fé, pelo serviço e pela presença transformadora dos escolápios nas comunidades onde estão inseridas.

A primeira paróquia escolápia: Paróquia Escolápia Nossa Senhora das Graças — Governador Valadares (MG)

A partir do Concílio Vaticano II, a vida religiosa foi convidada, junto com toda a Igreja, a refletir e redescobrir seu lugar no mundo, priorizando menos o “fazer” e mais o “ser”. Isso significou uma valorização maior do carisma e da espiritualidade próprios de cada congregação, em detrimento das atividades exclusivamente pastorais. A ação é essencial na vida cristã, mas deve brotar de uma vivência pessoal e comunitária enraizada no amor divino, que permeia toda a vida do batizado.

Nesse contexto, os religiosos escolápios passaram a compreender que seu carisma — antes vivido sobretudo nos colégios — também poderia se expressar em outras formas de presença evangelizadora, como as paróquias.

Em 1973, o Pe. Eulálio Lafuente, então diretor da Escola Municipal Presidente Médici e colaborador assíduo da Paróquia Nossa Senhora das Graças, assumiu oficialmente a condução pastoral da paróquia, a pedido de Dom Hermínio Malzone Hugo, primeiro bispo de Governador Valadares. Com isso, tornou-se o primeiro pároco escolápio no Brasil. Poucos anos depois, os padres Jesus Guergué e Félix Quiroga chegaram para colaborar plenamente com essa missão. Posteriormente, ambos foram transferidos para a Paróquia São Marcos, em Belo Horizonte.

Atualmente, a Paróquia Escolápia Nossa Senhora das Graças é composta pelas seguintes comunidades: Nossa Senhora da Boa Esperança, São José de Calasanz, Nossa Senhora da Conceição, Bom Pastor, Santa Efigênia e Perpétuo Socorro. O pároco é o Pe. Alexandre Ribeiro, Sch.P., com os vigários sendo os padres Benigno Morales, Sch.P., e Fernando Aguinaga, Sch.P.

A primeira paróquia escolápia em uma capital: Paróquia Escolápia São Marcos — Belo Horizonte (MG)

A Paróquia Escolápia São Marcos foi criada em 24 de dezembro de 1977 por Dom João Resende Costa, então arcebispo de Belo Horizonte. Seu primeiro pároco foi o Pe. José Pedro Mol, sacerdote diocesano. Inicialmente abrangendo 17 bairros, a paróquia viu o surgimento de uma comunidade em cada bairro ao longo do tempo.

O Padre Carmelo Marañon, Sch.P, colabora com a paróquia, assumindo celebrações eucarísticas dominicais e coordenando a catequese. Dessa parceria nasceu a Comunidade São José de Calasanz, localizada na Rua Hélio Natale, 79, no bairro Pousada de Santo Antônio, hoje pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Vitórias.

Em 1984, a Paróquia São Marcos foi desmembrada em três novas paróquias: São Marcos, Cristo Crucificado e Nossa Senhora das Vitórias. A Paróquia São Marcos foi entregue aos escolápios, tendo como primeiro pároco o Pe. Jesus Guergué, Sch.P., e como vigário o Pe. Félix Quiroga, Sch.P.

Hoje, está como pároco Pe. Maurício Martins, Sch.P. e dos vigários Pe. Heyder Vieira, Sch.P., Pe. Jesús Guergué, Sch.P., Pe. Chia Kevin, Sch.P. e Diácono Jardel, Sch.P. e pelos juniores: Irmão Marcus Túlio Lourenço, Sch.P., irmão Roberto Pereira Silva, Sch.P., irmão Thiago Augusto de Menezes Santos, Sch.P., irmão Wesley Conrado de Oliveira, irmão Francisco José de Oliveira Júnior e irmão Jaimito Sarmento, Sch.P.. A paróquia é composta pelas comunidades São Benedito, Santa Maria Goretti, São Judas Tadeu e Nossa Senhora do Rosário. Ela integra a Forania São Paulo Apóstolo, pertencente à Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição.

Com espírito sinodal e em sintonia com as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, a paróquia tem se destacado pela vivência do carisma escolápio de evangelizar, educar e transformar a sociedade. Investe fortemente nas áreas cultural e social por meio de projetos como:

  • Sonoro Despertar (Música)

  • Biblioteca São José de Calasanz (Literatura)

  • Grupo Vida (Teatro)

Conta ainda com diversos grupos, pastorais e movimentos que atuam nas dimensões litúrgica, social, eclesial, formativa e educacional da ação pastoral.

A paróquia que leva o nome do fundador: Paróquia Escolápia São José de Calasanz — Serra (ES)

Criada em 10 de maio de 2008, a Paróquia Escolápia São José de Calasanz nasceu do desmembramento de 10 das 22 comunidades que compunham a então Paróquia São Francisco de Assis, em Laranjeiras. Abrange atualmente os bairros Feu Rosa, Vila Nova de Colares, Nova Zelândia e Boulevard Lagoa.

Suas comunidades são: São Sebastião, Santa Luzia, Nossa Senhora das Graças, Santa Clara, Sagrada Família, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora Aparecida, São Jorge, Santa Rosa de Lima, São João Batista (Feu Rosa) e São João Batista (Vila Nova de Colares).

Dentre suas diversas pastorais, destacam-se: Movimento Calasanz, Juventude Escolápia, Pastoral Familiar, Grupo de Oração, Pastoral do Dízimo, Coroinhas e Cerimoniários, Liturgia, Eventos, Apostolado da Oração, Ministros da Comunhão Eucarística, Terço dos Homens, Pastoral da Criança, Comunicação, Manutenção, Música e o Movimento Paz e Pão — este último ligado à Arquidiocese de Vitória.

O atual pároco é o Pe. Deibson Gouvêa, Sch.P., tendo como vigários Pe. Francis Ebeson, Sch.P.,  Pe. Dieudonné Kum Bama, Sch.P., e os pré-noviços Yamil Brayan Segovia Callejas, Gabriel dos Santos Rocha, Felipe Gabriel Gonçalves Martins da Silva, Lucas Raider Martins Ramos e Fábio Neidson Silva Oliveira, colaboram na missão escolápia dentro das pastorais e movimentos.

O Movimento Calasanz é o coração da pastoral catequética da paróquia, articulando desde a Iniciação à Vida Cristã até os Círculos Bíblicos. Em 2023, foi fundada a Juventude Escolápia, como expressão de unidade e formação com as demais presenças escolápias no Brasil.

Escolápios no Nordeste: Paróquia Escolápia Nossa Senhora de Guadalupe — Aracaju (SE)

Fundada em 14 de dezembro de 2014 por Dom José Palmeira Lessa, a Paróquia Escolápia Nossa Senhora de Guadalupe está situada na zona norte da capital sergipana, em área periférica. É composta por três comunidades: Nossa Senhora de Guadalupe (matriz, no loteamento Coqueiral), Nossa Senhora Virgem dos Pobres (em Porto Dantas) e São José (no Conjunto Senador José Eduardo Dutra).

Desde 28 de janeiro de 2019, a paróquia é confiada aos Padres Escolápios. A Paróquia conta com diversas pastorais, como: RCC, PASCOM, Pastoral do Dízimo, Coroinhas e Acólitos, Liturgia, Eventos, Apostolado da Oração, Pastoral Familiar, Pastoral do Batismo, Ministros da Comunhão, Terço dos Homens, Ministérios de Música, Grupo Educadores da Fé e o Movimento Mãe Rainha. E em especial, o Movimento Calasanz e a Juventude Escolápia.

Atualmente, o pároco é o Pe. Ivomar Cordeiro, Sch.P., e o vigário é o Pe. Agendia Nchengha, Sch.P.

Escolápios no Norte: Paróquia Escolápia São Vicente de Paulo — Araguaína (TO)

Criada em 28 de novembro de 1999 por Dom Aloísio Hilário de Pinho, então bispo da Diocese de Tocantinópolis, a Paróquia São Vicente de Paulo foi desmembrada da Paróquia São Paulo Apóstolo. O primeiro pároco foi o Pe. Wellington de Queiroz Vieira, hoje bispo da Diocese de Cristalândia. Outros párocos anteriores aos escolápios foram os padres Linoel, Clodamyr e Ramildo.

Desde janeiro de 2022, a paróquia está sob os cuidados dos Padres Escolápios. É composta por nove comunidades e a Matriz, atendendo aproximadamente 35 mil pessoas. Na zona urbana, estão localizadas em bairros como Vila Couto Magalhães, Vila Norte, Bela Vista I e II, Maracanã, Universitário, Barros, Parque Bom Viver e Costa Esmeralda. Na zona rural, abrange os povoados de Pilões e Brejão, além das comunidades de Floresta e Araçulândia, pertencentes ao município de Wanderlândia.

O pároco atual é o Pe. José Carlos F. Jorajuria, Sch.P., Pe. José Luis Zabalza Zamarbide, Sch.P. e Pe Franck Olivier Koffi, Sch.P., como vigários.

 

Fontes:

  • Livreto “75 anos da Presença Escolápia no Brasil”, de Pe. Fernando Aguinaga, Sch.P.
    Site Escolápios Brasil-Bolívia

 

 

 

 

 

 

 

 

Dando continuidade à nossa série de postagens sobre as Obras Escolápias no Brasil, é hora de conhecer a trajetória do Colégio Escolápio Ibituruna, em Governador Valadares (MG). Uma história marcada por fé, compromisso com a educação e dedicação à comunidade.

História do Colégio Escolápio Ibituruna

Fundado em 1938 pelos irmãos Salles — leigos pioneiros — o Colégio Ibituruna surgiu no mesmo ano da fundação da cidade de Governador Valadares. Ao longo dos anos, a gestão da instituição passou pelas mãos dos Frades Franciscanos e, posteriormente, da Diocese de Diamantina.

No ano de 1952, durante um encontro casual em Belo Horizonte entre o Pe. Alberto e Dom Serafim Gomes Jardim, então arcebispo de Diamantina, surgiu a proposta de que os escolápios assumissem a direção de um colégio diocesano — em Pirapora, Governador Valadares ou Diamantina. Coube ao Pe. Francisco Orcoyen, Sch.P., a escolha, e ele optou pelo Ibituruna, situado na Rua Israel Pinheiro, nº 2144, em Governador Valadares. Em setembro daquele ano, assumiu a direção da escola, mesmo sem ainda haver uma comunidade religiosa estabelecida.

No início de 1953, formou-se oficialmente a primeira comunidade escolápia do Ibituruna, composta pelos religiosos Pe. Francisco Orcoyen, Sch.P., Pe. Teodoro Araiz, Sch.P.,  Pe. Jesus Maria Perea, Sch.P. e o Irmão João Odria. Em julho do mesmo ano, o Pe. Eulálio Lafuente Elorz, Sch.P., se integrou à missão, assumindo a direção do colégio e tornando-se o primeiro reitor da nova comunidade religiosa.

Inspirada pelo modelo de Belo Horizonte, a vida e missão da comunidade do Ibituruna se concentravam na vida comunitária, na condução do colégio e no serviço pastoral à diocese. Na metade de 1953, o Pe. Francisco retornou a Belo Horizonte, após assegurar o contrato com a Mitra Diocesana, que oficializou a gestão dos escolápios à frente do colégio. No entanto, a propriedade do terreno ainda não estava regularizada, uma questão resolvida mais adiante.

O prédio original, modesto e com infraestrutura limitada, foi aos poucos substituído por novas construções adequadas ao crescimento contínuo da escola. O segundo edifício, construído pelos próprios escolápios, passou a abrigar a comunidade religiosa e também um internato.

Expansão e identidade escolápia

Desde os primeiros anos sob a gestão dos escolápios, o Colégio Ibituruna destacou-se como referência de educação de qualidade na região. Houve inclusive uma tentativa de implantar, em seu espaço, uma escola municipal gratuita no turno da tarde, batizada de Escola São José de Calasanz. Contudo, a experiência durou pouco, pois não obteve a autorização da Secretaria Estadual de Educação, encerrando-se em 1959.

A marca pastoral e social esteve sempre presente na trajetória do colégio. Um exemplo disso foi a criação, em 1974, dos Jogos Estudantis do Colégio Ibituruna (JECI), idealizados pelo Pe. José Maria de Miguel, Sch.P.. O evento unia esportes, atividades culturais e homenagens a São José de Calasanz, consolidando-se como uma tradição da instituição.

Em 1993, os leigos passaram a ocupar cargos de liderança tanto no Ibituruna quanto no Colégio São Miguel. No Ibituruna, a professora Eunice Vasconcelos (Dona Nina) foi nomeada diretora pedagógica. Já no São Miguel, o nomeado foi o professor Antônio Carlos Miranda (Tonhão). A direção titular e administrativa do Ibituruna permaneceu sob responsabilidade do Pe. Teodoro Araiz, Sch.P.

Na parte inferior do segundo prédio do colégio, havia uma capela acolhedora com capacidade para 200 pessoas, que funcionou até 2009, quando precisou ser demolida por questões estruturais e de segurança. Em 2014 e 2015, o colégio passou por novas ampliações, incluindo a construção do espaço para o pré-vestibular e de salas para a Educação Infantil.

O Colégio Ibituruna hoje

Atualmente, o Colégio Escolápio Ibituruna atende mais de 1.400 alunos, distribuídos entre a Educação Infantil, Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais) e o Ensino Médio. A direção pedagógica está sob a liderança de Fernanda Rodrigues, enquanto a direção geral do Sistema Escolápio de Educação é exercida por Philipe Alves. O Pe. Maurício Martins, Sch.P. atua como ecônomo da instituição.

A equipe conta com mais de 150 colaboradores que, com dedicação e profissionalismo, constroem diariamente uma educação comprometida com a formação acadêmica, humana, cristã e social dos estudantes.

Como fruto desse trabalho conjunto e da excelência pedagógica, o Colégio Ibituruna obteve, na edição de 2024 do ENEM, a maior nota geral entre os colégios de Governador Valadares, um reconhecimento que reafirma a força e a relevância da missão escolápia na cidade e na região.

 

Fonte: Livreto Pe. Fernando Aguinaga, Sch.P, 75 anos da Presença Escolápia no Brasil 

Em agosto, celebramos São José de Calasanz, fundador da Ordem das Escolas Pias e grande inspiração para nossa missão educativa. Neste ano de 2025, comemoramos também um marco muito especial: os 75 anos da chegada dos Escolápios ao Brasil.

Para celebrar essa ocasião histórica, daremos início, em nosso blog, a uma série especial de postagens. Ao longo dos próximos dias, vamos relembrar não apenas a trajetória dos colégios que compõem o Sistema Escolápio de Educação, mas também a história de outras obras conduzidas pelos religiosos escolápios em nosso país.

E começamos pelo princípio: a chegada dos padres escolápios ao Brasil e o surgimento do Colégio São Miguel.

 

A chegada dos Escolápios ao Brasil e a história do Colégio Escolápio São Miguel

No dia 16 de julho de 1950, o Pe. Francisco Orcoyen, Sch.P., da Província de Vascônia (atualmente parte da Província de Emaús), desembarcava no Rio de Janeiro com a missão de fundar a Presença Escolápia no Brasil. Poucos dias depois, seguiu para Belo Horizonte, onde foi acolhido por religiosas escolápias que já sabiam da chegada dos padres e prestaram apoio essencial à nova fundação.

Impressionado com as possibilidades da missão, Pe. Orcoyen escreveu ao provincial solicitando o envio de mais religiosos. Assim, no dia 10 de novembro de 1950, chegaram ao país os jovens padres Eulálio Lafuente, Pedro Cenoz e Jesus Maria Perea — todos com menos de 25 anos.

Os quatro padres passaram a morar na primeira casa escolápia, que também funcionava como um colégio ainda embrionário. O Pe. Alberto Tellechea, Sch.P. — que futuramente seria vice-provincial, diretor do Colégio São Miguel e pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças — relatou com sensibilidade os primeiros passos da fundação escolápia no Brasil:

“Ajudados pelo Pe. Américo Taitson, pároco da Paróquia de São Sebastião, no Barro Preto, ex-capelão das Escolápias, viveram por algum tempo com ele na casa paroquial, localizada ao lado da igreja, na Av. Augusto de Lima, até se instalarem, pouco tempo depois, na Av. Tocantins (hoje Av. Assis Chateaubriand), nº 499, bairro Floresta, onde funcionava o Teatro Alterosa (hoje, funciona o prédio da Hotmart)”

Em janeiro de 1951, chegou o Irmão Juan Odria. Pe. Francisco percorreu diversos bairros de Belo Horizonte — muitas vezes acompanhado do Arcebispo Dom Antônio dos Santos Cabral — até escolher o bairro Floresta para abrigar a nova comunidade religiosa. A casa, anteriormente ocupada pelas Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, estava desocupada e em boas condições. O nome da nova comunidade foi escolhido em conjunto por Dom Cabral e Pe. Orcoyen: Comunidade São Miguel Arcanjo.

No dia 17 de setembro de 1951, chegaram mais dois padres: Teodoro Araiz e Alberto Tellechea, completando a comunidade com sete membros. Na época, Belo Horizonte contava com cerca de 350 mil habitantes.

 

O nascimento do Colégio São Miguel

Naquele contexto pré-Concílio Vaticano II, as congregações religiosas costumavam projetar seu carisma sobretudo por meio de suas próprias obras — no caso dos escolápios, os colégios. Ainda assim, os padres também atuavam nas paróquias da cidade, tanto pela grande demanda pastoral provocada pelo rápido crescimento urbano quanto pela necessidade de garantir o sustento da missão.

Foi na própria casa onde moravam que os padres deram início às aulas da antiga “primária” (atual Ensino Fundamental I), cada um assumindo uma turma. Além disso, acompanhavam os alunos pelas ruas até suas casas — gesto que lembrava os tempos de São José de Calasanz e que causava admiração entre os moradores locais.

Assim nasceu o Ginásio São Miguel Arcanjo, posteriormente chamado Colégio São Miguel, profundamente ligado à comunidade religiosa que lhe deu origem.

As aulas começaram oficialmente no dia 1º de março de 1951. A escola contava com turmas de jardim (pré-escola), primário completo e curso de admissão. A estrutura era simples: uma casa com sobrado e um alpendre que dava acesso a uma capela, aberta ao público para as missas. No pátio arborizado com pitangueiras, abacateiros, mangueiras e limoeiros, havia até uma pequena piscina — ideal para refrescar os alunos nos dias quentes de verão.

 

Consolidação e crescimento

Em julho de 1959, o Colégio São Miguel mudou-se para sua localização atual. Inicialmente, apenas os alunos mais velhos frequentavam o novo espaço. No início do ano seguinte, as turmas menores também foram integradas à nova sede.

Ao longo dos anos, a estrutura do colégio foi sendo ampliada. Em 1963, foi construída a arquibancada da quadra descoberta. Em 1971, foi concluído o prédio da comunidade religiosa — hoje sede da administração provincial, biblioteca e setores administrativos. Nesse mesmo ano, no dia 26 de setembro, foi inaugurado o Espaço Calasanz, com uma celebração da palavra presidida pelo então diácono e ex-aluno William Alves Brini.

Em 1981, o ginásio esportivo ganhou cobertura, ampliando ainda mais as possibilidades para as atividades dos alunos. Outros espaços foram sendo construídos ao longo das décadas, compondo a estrutura que permanece viva até os dias de hoje.

A partir de 1993, os leigos começaram a assumir cargos de direção tanto no Colégio São Miguel quanto no Colégio Ibituruna. No São Miguel, o primeiro diretor pedagógico leigo foi o professor Antônio Carlos Miranda (Tonhão). No Ibituruna, a professora Eunice Vasconcelos (Dona Nina) foi a primeira leiga a assumir a direção pedagógica. Já a direção titular e administrativa seguiu com o Pe. Teodoro Araiz, Sch.P.

 

O Colégio São Miguel em 2025

Hoje, o Colégio Escolápio São Miguel atende cerca de 800 alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio. A direção pedagógica está a cargo do professor Cláudio Alves, e o ecônomo da instituição é o Pe. Maurício Martins, Sch.P. A direção geral do Sistema Escolápio de Educação é exercida por Philipe Alves. 

Com uma equipe de aproximadamente 200 colaboradores, o colégio continua fiel à missão de oferecer uma educação de excelência, inspirada nos valores humanos, sociais e cristãos que marcaram a fundação da primeira casa escolápia em solo brasileiro.

 

Fonte: Livreto Pe. Fernando Aguinaga, Sch.P, 75 anos da Presença Escolápia no Brasil 

Hoje, 16 de julho, celebramos com alegria os 75 anos da presença da Ordem dos Escolápios no Brasil.


Em 1950, o Pe. Francisco Orcoyen, vindo da Província de Vascônia (atualmente parte da Província de Emaús), chegou ao país trazendo consigo o carisma de São José de Calasanz. Depois de desembarcar no Rio de Janeiro, estabeleceu-se em Belo Horizonte com outros irmãos escolápios. E começou ali uma trajetória de muito sucesso.

A missão escolápia em terras brasileiras teve início com a fundação do Ginásio São Miguel (hoje Colégio Escolápio São Miguel), em Belo Horizonte, em 1951. Depois, o Colégio Escolápio Ibituruna foi assumido pelos escolápios em 1962 na cidade de Governador Valadares.

Impulsionada pelo espírito do Concílio Vaticano II, a presença escolápia foi se consolidando por meio da evangelização e do trabalho pastoral, com a criação de paróquias e projetos sociais. A primeira paróquia assumida foi Nossa Senhora das Graças, em Governador Valadares, no ano de 1973. Atualmente, os escolápios estão presentes também na Paróquia São Vicente de Paulo - Araguaína (TO), Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe - Aracaju (SE), Paróquia São José de Calasanz - Serra (ES) e na Paróquia São Marcos - Belo Horizonte (MG).

Destaca-se ainda a atuação dos Centros Sociais Itaka-Escolápios, presentes em Belo Horizonte, Governador Valadares, Serra e Aracaju, que seguem promovendo oportunidades e dignidade para crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio da educação, evangelização, alimentação e cultura.

Com gratidão e esperança, seguimos firmes na missão de educar, evangelizar e transformar, à luz do carisma calasâncio.

No dia 07 de junho, o Colégio Escolápio São Miguel recebeu mais uma edição do Arraiá São Migué 2025, que teve como tema a celebração dos 75 anos da chegada da Ordem dos Escolápios ao Brasil.

A escola ganhou uma decoração especial com imagens de padres escolápios que fizeram história nesses 75 anos no nosso país, além de figuras importantes da Ordem (como, por exemplo, o venerável Glicério Landriani). As comidas típicas marcaram presença, com diversas delícias: pipoca, cachorro-quente, caldo de mandioca, canjica, feijão tropeiro e muito mais.

As danças começaram pelos alunos do Infantil, seguidos pelos alunos do 1º Ano. Depois, os alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais fizeram suas apresentações que encantaram os presentes. Também se apresentaram os alunos do Ensino Fundamental Anos Finais e os do Ensino Médio, encerrando com o Terceirão, que fez uma quadrilha grandiosa para encerrar o seu ciclo no colégio. Todas as danças foram um sucesso e foram preparadas com muito carinho por nossos estudantes e professores. Mas os colaboradores e público não ficaram de fora da dança: teve a quadrilha dos colaboradores e o quadrilhão improvisado, para que todo o público pudesse participar. 

Também aconteceram apresentações do grupo Expressão Urbana, do grupo de capoeira do centro social Itaka-Escolápios BH e um show com Marcus Tadeu e banda, que trouxe muita música sertaneja e forró.

Graças ao empenho de toda a comunidade Escolápia, foi arrecadado o valor de R$ 118.949,39, que será repassado para as Obras Escolápias no Brasil. Esse evento só foi possível graças ao envolvimento generoso de centenas de voluntários, que doaram tempo, talento e dedicação para tornar a festa um ambiente acolhedor e encantador. Foram colaboradores, pais, alunos e membros da nossa comunidade unidos por um propósito comum: fazer o bem. Agradecemos também à todos que contribuíram com doações diversas, ajudando a ampliar o impacto solidário do evento.

O Arraiá São Migué 2025 mostrou que, quando a educação se une à solidariedade, é possível transformar vidas com alegria, responsabilidade e compromisso. Que venha 2026!

Hoje é dia de #TBT aqui no blog do São Miguel!

Os alunos do 7º ano participaram de uma enriquecedora visita técnica às cidades históricas de Congonhas e Belo Vale, em Minas Gerais. A atividade fez parte do projeto pedagógico interdisciplinar que busca ampliar os horizontes dos estudantes para além da sala de aula, promovendo uma vivência prática dos conteúdos estudados.

História que se vive: o passado e o presente lado a lado em Belo Vale

Em Belo Vale, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o Quilombo da Chacrinha e o Museu dos Escravos, locais fundamentais para compreender um dos períodos mais dolorosos da História do Brasil: a escravidão. Durante a visita, os estudantes mergulharam em relatos, objetos históricos e espaços preservados que testemunham os séculos de sofrimento e resistência da população negra em nosso país.

Além disso, o contato direto com o território quilombola permitiu uma reflexão profunda sobre o racismo estrutural ainda presente na sociedade brasileira, fomentando debates importantes sobre cidadania, igualdade e justiça social.

Congonhas: arte, fé e patrimônio

Já na cidade de Congonhas, os estudantes conheceram o Museu da Romaria e a famosa Igreja do Bom Jesus de Matozinhos, onde estão localizadas as esculturas dos doze profetas e os Passos da Paixão, obras-primas do artista Aleijadinho. O local é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO e representa um dos maiores marcos da arte e da arquitetura barroca no Brasil.

A experiência em Congonhas despertou não apenas o interesse pela História da arte colonial, mas também o reconhecimento da importância de se preservar o patrimônio cultural brasileiro.

Mais do que uma simples excursão, a visita técnica integrou diversas áreas do conhecimento. Os aprendizados históricos se entrelaçaram com conteúdos de Geografia, ao observar as paisagens naturais e urbanas da região; de Língua Portuguesa e Literatura, com a produção de relatos e reflexões após a visita; de Artes, na análise das expressões visuais encontradas nos museus e igrejas; e até mesmo de Inglês, por meio de atividades e desafios linguísticos propostos durante o percurso.

Atividades como essa fortalecem o compromisso da nossa escola com uma educação que vai além dos livros, promovendo o desenvolvimento crítico, cultural e humano dos alunos. Ao vivenciarem de perto a história, a arte e as realidades sociais do Brasil, nossos estudantes ampliam seus conhecimentos e se tornam cidadãos mais conscientes e preparados para transformar o mundo.

 

CLIQUE AQUI E VEJA FOTOS!

Conheça a Pastoral do Colégio Escolápio São Miguel!



O Colégio Escolápio São Miguel tem um trabalho pastoral que atende a todas as turmas, desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio. A grande missão da pastoral é levar os valores cristãos para nossos estudantes de forma dinâmica e de fácil compreensão para todos. 

 

Conheça as atividades da Pastoral:

 

Movimento Calasanz

 

A catequese do nosso colégio recebe o nome de Movimento Calasanz. São encontros para vivência e educação contínua da fé, em pequenos grupos. As atividades ocorrem todas as terças-feiras após o turno da tarde (17h40 às 18h40). A catequese é direcionada a alunos e público externo dos 4 anos até a juventude, de confissão católica.

 

Oração Contínua

 

A Oração Contínua é uma atividade de espiritualidade, à luz do carisma escolápio, que acontece uma vez ao mês, no horário das aulas de Ensino Religioso. A ação é direcionada aos alunos do Infantil 5 ao 5º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais.

 

Convivências

 

A Convivência é um dia integral de formação humana, espiritual e vivência em grupo. A atividade é realizada por séries, uma vez ao ano, no Recanto Calasanz, em Betim, voltado aos alunos do 1º ano da Educação Infantil ao Ensino Médio.

 

Oficina de Valores Humanos

 

Atividade lúdica e interativa de habilidades socioemocionais e valores humanos. A atividade acontece uma vez ao mês para os alunos do Tempo Complementar.


 

Campanhas e ação social

 

A equipe pastoral promove diversas campanhas e ações sociais com a comunidade educativa, visando o protagonismo dos alunos e o cuidado com as necessidades de nosso tempo. As ações envolvem a participação de alunos, ex-alunos, famílias e comunidade educativa.



Eventos

Com o objetivo de estreitar laços, proporcionar momentos de lazer e criar espaços para cultivar a solidariedade em prol da missão escolápia, a equipe pastoral promove eventos como o Arraiá São Migué, Festa da Família e outros.